quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Considerações sobre mim mesma

Definitivamente sou uma pessoa mediana. Sou de outono e primavera. Sou de doce amargo. Meio amargo. Não sou do tipo chocolate ao leite. Sou daquelas tipo chocolate amargo e geléia de abacaxi. Sou dessas mulheres que toma vinho seco e chopp claro. Sou daquelas que toma suco sem açucar e salada sem sal (menos de rúcula). Que gosta de pimenta (mas não muito forte). Dessas que preferem as margaridas e os girassóis. Há muito mais cor nos girassóis.
Sou dessas mulheres que não sentem muito intensamente as coisas (mas gosto do vento). Daquelas que percebem a falta de alguma coisa, mas levam tempo pra descobrir que é dos amigos. Das que raramente se apaixonam (de verdade). Mas que sempre ficam caídas por alguém (e sofrem resignadas). Penso, as vezes, que sou mesmo do tipo que os homens não querem se apaixonar (porque sou assim, meio torta). E sofro resignada, um pouco conformada.
O que torna minha vida mais mediana é mesmo não ter vivido intensamente as coisas. É esse desânimo drummondiano de seguir em frente.
É o nunca ter sido mais do que eu sou. É a sensação do para sempre (não como no caso da Cinderela)...

3 comentários:

Anônimo disse...

Me lembrou isso aqui http://faire-savoir.info/2005/08/23/the-ego-and-his-own-1/

É impressão minha ou todo mundo sempre reclama que vive medianamente e acha ruim de quem consome a vida rapidinho?

Enfim, tenho mil arrependimentos e esquisitices, e também não gosto dessa sensação de que não é possível se superar e ir além.

Capitu disse...

Na verdade eu eu queria ser dessas pessoas tresloucadas que consomem a vida rapidinho.
Queria agir mais impulsivamente e pensar menos nas conseqüências. Ser menos responsável...
Também queria ser menos "apaixonável" e mais "apaixonante" (tô de saco cheio de ouvir: eu poderia me apaixonar por você!).
Pra puta que pariu!

Eu sempre vou ser a média de tudo, é a impressão que tenho. Mas sei que é assim principalmente por eu não me esforçar o suficiente...

Unknown disse...

um comentario sobre esse passado.
Sempre foi apaixonante.
Os problemas sempre foram os olhos das pessoas e as escolhas delas também.
Eu poderia me apaixonar, me apaixonei, me embolei, e agora, amo-te.
Problema de quem passou.
(tem trem que só passa numa estação uma só vez - isto se aplica a mim e a ti).
Novos ares vivo.
(e a saudade que nunca tinha sentido agora me consome, ao ponto de não conseguir encontrar conforto nem nas palavras)