domingo, 28 de outubro de 2007

Manoel de Barros e o chinuque

"Ela coloca raízes de potentilha na pequenez de um cesto para conchas"

Quem disse foi Boas (1911), eu tirei de Lévi-Strauss (1989). Mas Boas estava dizendo da maneira chinuque de enunciar os fatos. Das abstrações...

Depois disso ficou mais fácil entender Manoel de Barros. Ele olha para as coisas de um modo chinuque (ainda que também olhe de azul, ou de ave, ou de criança).

2 comentários:

Carlos Eduardo disse...

Nossa minha poeta favorita tem cara, e é muy bela e conjuga antropologia com poesia,e de forma definitiva repete a grande conclusão de Evans-pritchard antropologia não é ciência e sim arte.

Capitu disse...

Definitivamente o falar chinuque é poesia (e talvez Barros poderia ter sido antropólogo)!