sexta-feira, 28 de março de 2008

não chega a ser um conflito, mas é reconfortante querer alguém.
desistir desse querer (de tanto tempo) é quase como terminar uma longa relação:
tem o vazio que marca a falta de um querer
tem o medo que persegue a imprecisão de um novo querer
tem a solidão do abandono
(que é de nós mesmos, que é do outro que se sabe que quer, e que quer também - mesmo daquele jeito meio sem jeito, meio não querendo)

tudo gira em torno do querer
eu poderia passar muito tempo aqui, quieta, recostada nesse querer leve, sereno..
se ele não me alfinetasse de saudade, raivas e melancolias vez em quando
se seu lado obscuro não me causasse tanta ansiedade

eu sei que eu poderia ficar aqui, cozinhando esse querer
querendo que ele me quisesse, mais... mais...

e o fato é que perceber que o que está em jogo é o querer é como perceber o quando subjetivo é isso (o que quer que seja) que eu tenho vivido!
Meu querer é tão concreto quanto palpável!
ele existe, não duvido, porque sinto!
E é apenas dele que abrirei mão...

por hora, sigo cozinhando meus desejos, temores, ansiedades, necessidades!...
(não quero mais falar)

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