me despeço da chuva da cidade
de onde venho só vou
e tenho ido de muitos
e tenho deixado aos tantos
e dos que quero só tanto
da saudade que levo (não sei se fica)
daquele que quero, promessa
do não sei do estar ou se fica
do quando vou, nem sempre tenho
e tenho mais quando longe
talvez o longe aumente o perto
porque o perto insiste.... insiste em responder o que não quer pergunta
e digo agora que vou que fico sempre por perto
da cidade que deixo levo a serra
pras outras serras que busco
da rua e da chuva e das luzes
e da janela longa ao longe
do mar extenso (sem água, sem sal)
do mar de morro que busco outros agora
(que esses daqui não deixo nunca)
do que levo sempre deixo
e levo medo
(não das ruas, por onde me perco, sei dos 41 "brasils" que sempre beberei)
medo de carnaval ser sem colombina
(medo que mesmo não está na cidade)
sei da hora que passa, do momento que passa e a hora que chega
e volta, pra cidade da janela, pela janela
pras luzes, pras ruas, pras serras...
volta pra essas minas de cá
as de lá ainda hei (porque sei, que sou de muitas minas)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário