"Ela coloca raízes de potentilha na pequenez de um cesto para conchas"
Quem disse foi Boas (1911), eu tirei de Lévi-Strauss (1989). Mas Boas estava dizendo da maneira chinuque de enunciar os fatos. Das abstrações...
Depois disso ficou mais fácil entender Manoel de Barros. Ele olha para as coisas de um modo chinuque (ainda que também olhe de azul, ou de ave, ou de criança).
domingo, 28 de outubro de 2007
sábado, 27 de outubro de 2007
Edith Piaf
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal
Tout ça m'est bien égal
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
C'est payé, balayé, oublié
Je me fous du passé
Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu
Mes chagrins, mes plaisirs
Je n'ai plus besoin d'eux
Balayés mes amours
Avec leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal
Tout ça m'est bien égal
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Car ma vie
Car mes joies
Aujourd'hui
Ça commence avec toi...
Dor
ando doente de uma doença de não ter
de não ser
não estar
não poder
não tocar
e querer
querer
querer
querer que seja de gritar
querer de poder querer
é essa aflição da dor que rasga
(dessa daquelas sem razões da mente)
uma grita em mim
(em minha cabeça grita)
ela se agita e bate uma e outra vez
é esse (des)sentimento que insiste em sentir
(não vem de mim, vem de um não ser de alguém)
como poder
e cessar a dor como?!
(volto ao ponto onde começo - queria a leveza da ave mas por hora me contentaria em saber do sentir do outro - ou em me saber no outro)
de não ser
não estar
não poder
não tocar
e querer
querer
querer
querer que seja de gritar
querer de poder querer
é essa aflição da dor que rasga
(dessa daquelas sem razões da mente)
uma grita em mim
(em minha cabeça grita)
ela se agita e bate uma e outra vez
é esse (des)sentimento que insiste em sentir
(não vem de mim, vem de um não ser de alguém)
como poder
e cessar a dor como?!
(volto ao ponto onde começo - queria a leveza da ave mas por hora me contentaria em saber do sentir do outro - ou em me saber no outro)
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
não sei o que dizer desses dias tortos
em que eu me perco em encontrar
no quanto mais sinto de mim menos sei
no quanto mais penso mais
mais de não saber
mais de querer
mais de temer
um mais de pânico
esses dias tortos que parecem passar sufocantes
que parecem causar tremores
horrores
esses dias vão passando
os dias
a sanidade passa com os dias
trepido em temores
porque hoje mais sei de manhã e menos sei dos certos
hoje mais quero o jasmim
e o engasgo que vem só pode ser do querer do jasmim
do longe do longe
que espera passar os dias para sentir
no longe que está que não pode tocar
as mãos e os lábios e o cabelo
e tudo e tudo
tão longe logo ali
que tem que esperar
passar os dias
passam
lentos longos quentes
passam trepidantes ensurdecedores
passam chuvas
e o querer do ter
a vontade de estar na presença
o sentir querer
esse sufoco na garganta
dos dias que passam e não passam
porque chega 5 mas não chega 15
porque queria 15 mas não queria 5
e tem que ser
em que eu me perco em encontrar
no quanto mais sinto de mim menos sei
no quanto mais penso mais
mais de não saber
mais de querer
mais de temer
um mais de pânico
esses dias tortos que parecem passar sufocantes
que parecem causar tremores
horrores
esses dias vão passando
os dias
a sanidade passa com os dias
trepido em temores
porque hoje mais sei de manhã e menos sei dos certos
hoje mais quero o jasmim
e o engasgo que vem só pode ser do querer do jasmim
do longe do longe
que espera passar os dias para sentir
no longe que está que não pode tocar
as mãos e os lábios e o cabelo
e tudo e tudo
tão longe logo ali
que tem que esperar
passar os dias
passam
lentos longos quentes
passam trepidantes ensurdecedores
passam chuvas
e o querer do ter
a vontade de estar na presença
o sentir querer
esse sufoco na garganta
dos dias que passam e não passam
porque chega 5 mas não chega 15
porque queria 15 mas não queria 5
e tem que ser
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