Para os dias que param
frenéticos e sonolentos
Para as noites que não adormecem (às quatro horas da manhã)
Para as manhãs que adornam as horas com gosto de café e suplícios de erva-doce
Para a solidão de horas a fio passadas no parar dos olhos que não são
... não sabem, simplesmente...
Para os olhos de água, olhos vermelhos
Para o torpor das manhãs (des)inebriadas
pela falta, pela (des)sabedoria...
que não deixa de ser esse entender das coisas todas
esse sofrer pelas manhãs
essa falta das pernas
dos braços
Para as mãos que suplicam (in)sanidade
e (des)instabilidade...
as mãos ora trêmulas, ora frenéticas, ora autistas, ora molhadas
da mesma água dos olhos
As mãos que sabem, que ouvem (mais que os ouvidos)
Da sabedoria que só quer saber de poesia
por ora dilacerada pela antropologia (que pretende poesia!)
(Ainda procuro algum modo de ser ave
por ora me contento com o vento batendo no rosto
e o gosto de mais um setembro
e as lembranças, os desejos, os ensejos)
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